O Império Ecológico: Uma Crítica ao Uso Ideológico da Ecologia

“Alegoria do Bom e do Mau Governo” – Ambrogio Lorenzetti

Como a ecologia tem sido usada como ferramenta de controle social e político, segundo Pascal Bernardin

Publicado originalmente em francês em 1997, O Império Ecológico – A Subversão da Ecologia pela Ideologia, de Pascal Bernardin, é uma obra contundente que examina os bastidores do discurso ecológico contemporâneo. Longe de negar a importância da preservação ambiental, o autor denuncia a apropriação política e ideológica da ecologia por organismos internacionais, elites tecnocráticas e movimentos globalistas.

A ecologia como nova religião secular

Bernardin argumenta que a ecologia transformou-se em uma moral globalizante, com pretensões religiosas. O medo – do colapso climático, da superpopulação, da escassez – é o principal instrumento utilizado para justificar políticas autoritárias sob a bandeira do “bem comum planetário”. Essa “nova fé verde” substitui as religiões tradicionais e promove uma visão negativa do ser humano como inimigo da natureza.

Educação como ferramenta de reengenharia social

Um dos eixos principais da crítica de Bernardin é o papel da educação na disseminação dessa ideologia. Ele apresenta documentos oficiais da ONU e da UNESCO que propõem a reestruturação do sistema educacional com foco em valores ambientalistas, relativismo moral e coletivismo. O objetivo, segundo o autor, é moldar comportamentos desde a infância e formar cidadãos obedientes aos imperativos ecológicos globais.

O império tecnocrático e a erosão da soberania

Bernardin denuncia a ascensão de uma elite supranacional que promove uma “governança ecológica” à margem dos processos democráticos. Organismos multilaterais e ONGs transnacionais definem padrões de consumo, políticas populacionais e comportamentos aceitáveis, subtraindo dos Estados-nação o poder de decisão sobre suas próprias políticas internas.

Um alerta contra o totalitarismo suave

Longe de ser uma obra negacionista, O Império Ecológico é um alerta contra o uso indevido da ciência ecológica para fins de controle ideológico. Bernardin defende uma ecologia realmente humana, que respeite a liberdade individual e a dignidade da pessoa, sem cair no alarmismo manipulador nem na submissão a projetos de engenharia social.

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